A história da mulher na comunicação e marketing
ArtigosPor muito tempo, a comunicação foi um território predominantemente masculino, mas hoje vemos um cenário de mudança, onde as mulheres emergem como figuras proeminentes.
Essas personagens trazem consigo voz, inovação e empoderamento não apenas para si mesmas, mas também para outras mulheres. Sejam nos bastidores ou em posições de liderança, eles estão evoluindo a paisagem comunicativa com sua presença marcante.
A história da mulher na comunicação e o impacto desse papel é o que esse texto vai trazer. Acompanhe!
Uma longa história pela conquista de direitos
O aumento da presença feminina em áreas anteriormente dominadas por homens está gerando uma mudança significativa nos valores que permeiam o mercado de trabalho, especialmente no campo da comunicação.
Essa diversificação está trazendo à tona valores como empatia, compreensão e solidariedade, refletidos em campanhas, anúncios e estratégias de marketing.
Recuando no tempo, é fundamental refletir sobre o longo caminho percorrido pelas mulheres na busca pela igualdade de direitos, especialmente no âmbito da comunicação.
Nas décadas de 1950 e 1960, as revistas femininas, embora destinadas às mulheres, eram predominantemente produzidas e escritas por homens, transmitindo perspectivas e ideais masculinos sobre como as mulheres deveriam se comportar e se vestir.
A partir dos anos 70, as mulheres começaram a conquistar espaço no mercado de trabalho, rompendo com os estereótipos de esposa, mãe e dona de casa.
A sociedade passou a considerar e valorizar cada vez mais características femininas, como trabalho em equipe, poder de persuasão e colaboração, em contraposição ao individualismo e autoritarismo predominantes.
Mas quem são essas mulheres da comunicação?
No mundo contemporâneo, as mulheres promissoras estão deixando sua marca na comunicação, impulsionando a inovação e a diversificação digital. Um exemplo notável é a empresária Luiza Trajano.
Foi ela quem foi responsável por transformar o Magazine Luiza em um ícone do varejo brasileiro, introduzindo estratégias de marketing revolucionárias, como as primeiras lojas virtuais e a campanha "Liquidação Fantástica", que se tornou referência no setor.
Além disso, a iniciativa "Canal da Mulher" do Magazine Luiza, lançada em 2019, é um exemplo tangível do compromisso da empresa em apoiar mulheres em situações de violência doméstica, demonstrando a sensibilidade e empatia que uma liderança feminina pode trazer para o ambiente corporativo .
Outro exemplo é Daniela Cachich, vice-presidente de marketing da PepsiCo Foods Brasil, reconhecida como uma das mulheres mais poderosas do Brasil pela Forbes em 2020.
Sob sua liderança, campanhas inovadoras, como o lançamento do Doritos Rainbow, não só promovem a diversidade e inclusão, mas também reservam para a formação de comunidades LGBTQ+ em todo o país, destacando o poder transformador da comunicação quando guiada por mulheres visionárias.
Mulheres pioneiras na história do marketing
Para resgatar a história, trouxemos três mulheres pioneiras no marketing, confira!
A primeira mulher na história do marketing a criar uma agência
Na virada do século XIX, Mathilde C. Weil desafiou as normas de gênero ao fundar a Agência MC Weil, tornando-se pioneira na indústria da publicidade.
Apesar das limitações legais e sociais da época, seu legado ressoa como um farol para as mulheres que seguiram seus passos. Sua agência, embora pouco documentada, pavimentou o caminho para as futuras gerações de mulheres no marketing.
A primeira mulher redatora na história do marketing
Em 1917, Helen Lansdowne Resor revolucionou o mundo da publicidade ao criar um anúncio provocativo para Woodbury. Sua abordagem editorial inovadora e calorosa desencadeou polêmicas, mas também marcou o início de uma nova era na publicidade.
Reconhecida como a primeira mulher a liderar uma campanha publicitária nacional nos Estados Unidos, Helen se destacou como uma visionária no campo do marketing.
A primeira mulher negra a se destacar na história do marketing
Caroline Robinson Jones, uma mulher negra de notável destaque na indústria do marketing, desafiou as expectativas ao ascender na J. Walter Thompson Co.
Sua jornada, de secretária a diretora de criação, é um testemunho de sua determinação e talento especializado. Ao optar por enfrentar novos desafios em agências de propriedade negra, Caroline continua a quebrar barreiras e inspirar as gerações seguintes.
Três brasileiras de destaque histórico no marketing
Martha Gabriel
Martha Gabriel é uma figura proeminente na América Latina, destacando-se nas áreas de negócios, tendências e inovação. Com uma formação diversificada que inclui engenharia, marketing e design, além de títulos de mestre e doutorado em artes, ela é reconhecida como futurista pelo Instituto para o Futuro.
Autora de best-sellers e embaixadora da Geek Girls Latam, Martha é uma defensora da educação tecnológica para mulheres, promovendo a diversidade nas áreas STEM.
Liliane Ferrari
Liliane Ferrari é uma consultora renomada em estratégias digitais, com foco em mídias sociais e marketing de influência.
Reconhecida como uma das 10 mulheres mais influentes da internet no Brasil em 2009, ela continua a deixar sua marca, sendo citada como uma das 100 personalidades que marcaram a história da internet brasileira.
Sua abordagem humanizada do marketing ressoa em suas palestras e cursos, destacando a importância da ética e da empatia nos negócios.
Nina Silva
Nina Silva, empreendedora e profissional de TI, é uma força motriz no fortalecimento da comunidade negra na era digital. Fundadora do Movimento Black Money, ela oferece cursos e oportunidades de desenvolvimento profissional para executivos e empreendedores negros.
Reconhecida pela Forbes como uma das mulheres mais poderosas do Brasil e uma das 100 pessoas negras mais influentes do mundo com menos de 40 anos, Nina é uma voz poderosa na promoção da diversidade e inclusão.
Em suma, a presença e contribuição das mulheres na comunicação não apenas enriquecem o cenário profissional, mas também moldam a forma como nos comunicamos, interagimos e entendemos o mundo ao nosso redor.
É fundamental celebrar e considerar seu papel na construção de uma comunicação mais inclusiva, diversificada e empática. E, desta forma, além de agradecer e homenagear essas que abriram as portas, seguir esse legado com toda a coragem e resistência que elas nos ensinaram.